
Em 1.989 o célebre carnavalesco Joãozinho Trinta surpreendeu a Marquês de Sapucaí, apresentando a sua Escola de Samba a Beija Flor de Nilópolis com o enredo: "Ratos e Urubus larguem a minha fantasia". Sucesso, o carnavalesco levou a mendingancia, a pobreza, a depreciação do ser humano e o seu estado de miséria para a Avenida e se consagrou.
Porque estou falando disso, é que em 2.009 em exatos 20 anos depois nos observamos este tema, mais bem empregado na atitude de algumas pessoas ligadas ao carnaval, tipo dirigentes que sem a subvenção pública não colocam suas escolas na avenida. Assim é fácil, fazer festa com o dinheiro alheio, mesmo que esse alheio seja todo o povo, um absurdo que está cada dia observando, na atual crise em que o mundo vive e o Brasil em especial seus municípios isso não é diferente esse dinheiro que poderia ser empregado em mais melhorias para os municípios são desperdiçados bem no estilo Romano, o de pão e circo.
Minha indignação não para por ai, o caixa do município estoura, a população padece e o brilho das plumas e alegorias quase cega a vergonha da cara de muita gente que deveria aparecer. Lembro-me de um enredo da Escola de Samba de Guaratinguetá Embaixada do Morro em 1.992 "O Desenredo", em que explana que o carnaval deixou de ser arte, deixou de ser humilde que já foi um menino pobre e hoje é um negocio onde alguns ganham e outros perdem, não nos quesitos mais nos cifrões.
Por isso digo Ratos e Urubus larguem a minha fantasia. Bom carnaval.