segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Coluna do Mafú: Independência... ou...


Independência... ou...

Por Valdemir Vieira
Vereador Mafu (PV)

Segundo Silveira Bueno, Independência significa condição ou estado de alguém ou quem é independente, de quem ou do que tem liberdade ou autonomia... Caráter de quem rejeita qualquer sujeição, autonomia política. Aquisição ou reaquisição dessa autonomia. Independente significa estar livre de qualquer dependência ou sujeição; senhor das próprias decisões. Que se caracteriza pela autonomia, pelo desassombro, que rejeita a sujeição. Diz-se do país que se governa com suas próprias leis, que tem autonomia política e liberdade.
A comemoração dos 188 anos da Independência do Brasil, no próximo dia 7 de setembro, é a maior parada cívica do país (e pelo segundo ano consecutivo não ocorrerá em Lorena). Essa data sempre faz emergir algumas indagações: Somos realmente um país independente? Se uma nação independente é formada por uma população, esse povo também não tem de ser independente? Como se dá esse processo?
Toda a luta pela liberdade do subjugo de Portugal, como a Inconfidência Mineira até a Proclamação da Independência (paradoxalmente feita por um português, D Pedro I), demonstra que ninguém aceita a opressão e submissão características das monarquias absolutistas e dos governos de ditaduras.
Segundo Roberto Pompeu de Toledo (revista veja, ed. 1666; 13 de setembro de 2000) um país independente é o que é “reconhecido como tal pelos outros. Que tem hino, bandeira, território definido, governo, assento próprio nos organismos internacionais e embaixadores em outros países, além, naturalmente – e isso é decisivo no caso brasileiro –, de uma seleção nacional de futebol”.
A democracia, que tem sua origem na Grécia Antiga (demo=povo e kracia=governo) é o governo do povo e para o povo, ou seja, é o governo da maioria e, isso é refletido, diretamente, nas políticas públicas.
Quando eu era criança, lembro-me dos meus professores falando, com certa freqüência, que era mais interessante para os governantes terem um povo sem pensamento crítico e ignorante, pois assim ficava mais fácil de governar e perpetuarem-se no poder-era a época da ditadura militar e acreditávamos que a democracia inverteria essa lógica...
Hoje, com a municipalização de diversas políticas públicas, temos a autonomia de redescobrirmos a Educação que não apenas passa informações, mas que instiga o raciocínio e o pensamento crítico; podemos criar a nossa política municipal de saúde, redimensionar o assistencialismo ainda necessário, implementando esse assistencialismo com uma política esportiva e educativa que inove os velhos e desgastados conceitos, enfim, podemos refazer a redescoberta das nossas potencialidades ainda latentes, disformes e muito aquém do que podemos fazer para que consigamos, de fato, emancipar as pessoas e, consequentemente, nossas cidades, estados e nação.
Ganhei um presente essa semana, um livro intitulado “Aprendendo a viver com Confúcio”. Esse sábio filósofo Chinês que nasceu no ano 550 a.C, cujo pensamento até hoje calca a sociedade Chinesa (a maior do mundo), fala o seguinte sobre a arte de governar: “Primeiro torne o povo rico, depois educado. Isso é essencial para governar um Estado.” Em analogia, podemos dizer que precisamos tornar o país realmente independente da fome, das injustiças, da opressão, da violência, resgatando não apenas nossas riquezas naturais, mas nos tornarmos ricos em saúde e não em doenças, em educação e formação de cidadãos pensantes e não apenas repassar informação, pois, apenas com um povo independente e de pensamento livre (e não na maioria carentes e dependentes até de uma bolsa de 60 reais por mês) é que conseguiremos fazer uma grande cidade, estado e nação REALMENTE INDEPENDENTES! Aproveitem o feriadão e pensem nisso!

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