Das Palmeiras Imperiais aos Pernilongos Infernais
Aedes aegypt e outros bichos (de novo!)
Por Valdemir Vieira
Vereador Mafu Louvável a atitude do nosso amigo Natanael Cardoso, presidente da Adefil, ao decidir plantar Palmeiras Imperiais no terreno doado pela Prefeitura e aprovado pela Câmara Municipal, às margens da Dutra, onde será a nova sede da instituição.Conhecida como a Terra das Palmeiras Imperiais, há muito foram cortando e não replantando as palmeiras que tanto identificaram a nossa cidade, restando poucos exemplares remanescentes em alguns poucos pontos da cidade. Com essa atitude, os dirigentes da Adefil pretendem resgatar a nossa história.
Também não me lembro de sofrer tanto com os pernilongos como de alguns anos para cá. Vale tudo, repelentes, ventilador ligado mesmo com frio, tapas pelo corpo, enfim, cada um tem um jeito para conseguir um pouco de paz que há muito nos foi tirada. Polêmica a parte devido aos pontos positivos e negativos dos carros de fumaça, a verdade é que quando era rotina o carro da fumaça na cidade, não tínhamos tantos insetos como agora, dengue então, nem ouvíamos falar.
Angustiados com a presença ameaçadora e que se tornou freqüente, os moradores da Rua 12 de outubro, por exemplo, relataram que os temidos escorpiões aumentaram quando pararam de aplicar a fumaça nos bueiros e valas dos bairros como Cabelinha, Nova Lorena e São Roque. A cidade inteira está infestada por mosquitos, baratas, ratos, escorpiões e até cobras, como urutus que estão aparecendo nas residências.
Nesses dias de inverno com temperaturas escaldantes para a estação, o que tememos são as chuvas e, com ela, a grande ameaça da Epidemia de Dengue começar antes da hora. Devido a isto, solicitamos do Prefeito Marcelo Bustamante, uma reunião com diversas secretarias municipais, entre elas a da saúde, educação, meio ambiente, trânsito, esporte, assistência social, serviços municipais, finanças, entre outras para que aconteça, finalmente e o mais rapidamente possível, a tão esperada força tarefa para deixar e manter a cidade limpa e, com isso, fazermos a prevenção da Dengue e de outros bichos, eliminando principalmente os focos domiciliares, onde estão 80% dos criadouros e identificando outras necessidades prioritárias dos bairros e do centro da cidade.
Como ainda estamos em risco para outra epidemia de Dengue na cidade, nunca é demais recordar que a prevenção se dá não deixando quaisquer recipientes com água parada, como tampinha de refrigerante, pratos de vasos, calhas entupidas, caixas d’água destampadas, entre outros, e os sinais e sintomas que são: Febre alta e de início súbito entre 39 e 40 graus, dores de cabeça, nos músculos, articulações, atrás dos olhos (retro orbitária) e coceira. A falta de apetite, náuseas, vômitos e diarréias também podem ocorrer entre 2 e 6 dias.
SINAIS DE ALARME
Normalmente a febre cede de 2 a 3 dias e é nesse período que as complicações podem ocorrer com manifestações de dores abdominais intensas, aumento do fígado e dor na região à palpação, desconforto respiratório, letargia e derrame na cavidades. Esses sintomas precedem as manifestações hemorrágicas tais como: Presenças de petéquias (pontos pequenos avermelhados pelo corpo), sangramento nasal, nas gengivas, metrorragia (não confundir com a menstruação), presença de sangue abundante no vômito, nas fezes, entre outros, que podem levar o indivíduo a morte.
SINAIS E SINTOMAS NA CRIANÇA
Devido à dificuldade em expressarem o que sentem, principalmente nos menores de dois anos, o sintoma como a febre pode ser associado às reações de vacina ou outras doenças comuns na idade, porém, as dores de cabeça, nos músculos e articulações são percebidas devido ao choro intenso e irritabilidade que as crianças apresentam, por isso é muito importante a observação rigorosa dos pais e a avaliação do pediatra.
CASO SUSPEITO DE DENGUE
Em casos de febre alta e de início repentino, persistindo por mais de dois dias, com a presença de pelo menos dois sintomas como dor de cabeça, atrás dos olhos, nos músculos ou articulações, considera-se caso suspeito de Dengue. Nesse caso, procure o serviço de saúde mais próximo de sua casa.
Não brinque com a DENGUE, ela pode matar você ou quem você ama!
E que Lorena volte a ser a terra das Palmeiras Imperiais e deixe de ser a terra dos pernilongos infernais!
Referências:
1-BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6. ed. Brasília, 2005.
2-BRUNNER et al. Moderna Prática de Enfermagem. Rio de Janeiro: Interamericana, 2007.
3-BRASIL. Ministério da Saúde. DENGUE, Manual de enfermagem adulto e criança. 1. ed. Brasília, 2008
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